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O QUE É O OEE E COMO APLICÁ-LO?
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REPRODUÇÃO ADVANTECH – agosto 22, 2019 – por Stephany Delfino

Após atingir determinados níveis de automação de máquinas e conectividade, deve-se focar na otimização da produção e no controle de qualidade tanto dos produtos quanto dos equipamentos que operam na planta industrial.

O OEE é um dos principais indicadores que mede a eficiência tanto da máquina quanto da produção de um modo global. O OEE detalha diversas informações relevantes com o foco totalmente na operação e disponibilidade das máquinas, gerando um indicador que pode ser calculado.

O que é o OEE?
A sigla OEE vem de Overall Equipment Effectiveness, ou no português, Eficácia Global da Máquina, e por si só já explica muito do que é medido. É considerado como o principal indicador para medir a eficiência de uma forma global da máquina por contemplar as métricas essenciais para esta medida.

A disponibilidade, performance e a qualidade da máquina são os pontos chaves fundamentais que norteiam o cálculo do OEE e mostram de fato a Eficácia Global da Máquina no processo produtivo. Algumas perguntas importantes podem ser utilizadas para entender e calcular o OEE de forma satisfatória, como:

Qual a frequência que as máquinas se encontram disponíveis para a operação?
Qual a velocidade da minha produção?
Dos itens que foram produzidos, quantos apresentaram defeitos de fabricação?

Estas perguntas são essenciais para conseguir entender e calcular o OEE de forma satisfatória, principalmente por envolver um panorama geral tanto da máquina quanto do negócio em si.

Aplicação correta do OEE

Como aplicar o OEE é um importante passo para qualquer indústria, principalmente entender como calculá-lo. Este tipo de cálculo envolve analisar os números de produção de cada máquina para gerar os seus indicadores. Vale salientar que o OEE promove um acesso em tempo real sobre o que ocorre na fábrica.

O OEE é calculado a partir da soma do percentual de Disponibilidade, do percentual de Performance e do percentual de Qualidade dividido por 3.

#1 – Qual a disponibilidade do equipamento?

Isto é, por quanto o tempo que a máquina está operando em uma linha de produção. Qualquer evento que se torne uma parada na linha de produção impacta no indicador de disponibilidade, como quebras, tempo de setup e falta de material. Vale salientar que no cálculo do indicador não é considerado o tempo de paradas planejadas, somente as ocorrências não esperadas (ou downtime).

Como exemplo, uma máquina que opera por 24 horas tem 3 horas de paradas planejadas. Logo o tempo que é considerado no cálculo é de 21 horas. A partir destas 21 horas, digamos que a máquina sofra 4 horas de paradas não planejadas, então temos o seguinte cálculo para o percentual de disponibilidade:

21 horas de disponibilidade – 4 horas de paradas não planejadas = 17 horas de operação

17 horas de operação / 21 horas de disponibilidade = 80,9% de percentual de disponibilidade neste equipamento.

#2 – Qual a performance do equipamento?

Dos cálculos do OEE, a performance envolve um entendimento um pouco maior da linha de produção. O cálculo da performance da máquina se dá a partir da relação entre a velocidade da produção atual com a velocidade de produção máxima prevista no equipamento. Alguns fatores influenciam a performance, como o material humano ou falha dos operadores e dos materiais não especificados que podem ser utilizados na produção.

Continuando o exemplo anterior, digamos que segundo a documentação da máquina ela deveria ser capaz de produzir 1000 peças por hora, de modo que ao fim das 17 horas de operação deveriam ter sido produzidas 17.000 peças.

Contudo, verificou-se que ao fim do expediente apenas 15.000 peças foram produzidas:

15.000 peças produzidas / 17.000 peças esperadas = 88,2% de performance do equipamento

#3 – Qual o percentual de qualidade do equipamento?

Este percentual tem como foco a capacidade da máquina de fabricar produtos que não necessitam de retrabalho e que não gere nenhum refugo. A qualidade é definida pelos parâmetros e configuração do equipamento e são estabelecidas dentro do setup da máquina. Quando o material não atinge o nível especificado e dentro dos padrões exigidos, é considerado como perda ou refugo.

Voltando novamente ao exemplo anterior, das 15.000 peças produzidas, 1.500 foram reprovadas nos testes de qualidade.

13.500 peças sem defeito / 15.000 peças produzidas = 90% de qualidade

Agora, o cálculo do OEE e a sua aplicação

Para calcular o OEE da máquina de exemplo, basta somar todos os percentuais calculados acima e dividi-los por 3:

OEE = 80,9% de disponibilidade * 88,2% de performance * 90% de qualidade = 64,22%

Vale salientar que esse foi o OEE calculado para uma só máquina e este mesmo cálculo pode ser replicado para uma linha de produção com os seus valores agrupados.

O OEE pode ser um indicador importante para melhorias e manutenção da qualidade de produção como um todo.

Saiba mais! 

O OEE é um importante indicador para medir a eficácia de cada máquina e da linha de produção como um todo, principalmente para a Quarta Revolução Industrial e os seus ganhos de eficiência e produtividade a partir da automação e conectividade. Entender de onde vem e como aplicar esse indicador ajuda na tomada de ações que visam melhorar a linha de produção como um todo.

Promova a redução de perdas e custos desnecessários, melhore o setup e aumente a produtividade da máquina ou equipamento da planta e dê mais um passo rumo à jornada na Indústria 4.0.

E você, quer saber mais sobre estes e outros assuntos sobre a indústria? Continue acompanhando as nossas publicações.

Referências:

BLOG ADVANTECH

Imagem de capa – reprodução blog Advantech

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